segunda-feira, 23 de maio de 2011

Histórias Inspiradoras


Sempre contra as probabilidades
Quando toma a decisão de ter uma atitude positiva e gere bem essa decisão, não há quase nada que não consiga realizar. Basta perguntar a Lance Armstrong. Em 1999, tornou-se o segundo ciclista norte-americano a vencer a volta a França, a competição de ciclismo profissional com mais prestígio. (Os ciclistas pedalam mais de três mil quilómetros numa corrida que dura três semanas). Quando Armstrong venceu, um jornalista perguntou à sua mãe, Linda que estava à espera dela na linha de chegada em Paris, se a vitória era contra as probabilidades. A sua resposta foi enfática: “Toda a vida de Lance foi contra todas as probabilidades”.
Lance Armstrong, enquanto crescia, tinha várias coisas contra ele. A sua mãe tinha apenas 17 anos quando Lance nasceu e passou a maior parte do tempo a educá-lo como mãe solteira. Muitas vezes tiveram problemas financeiros. Lance sentiu-se várias vezes excluído da sociedade. No Texas o principal desporto é o futebol americano. Armstrong diz que era demasiado descoordenado para um desporto com bola, por isso gravitava para actividades que exigiam resistência. No quinto ano, correu uma prova de distância e venceu. Pouco depois, juntou-se a uma equipa de natação. Num ano, passou de caso “remediado” para quarto melhor nadador do Texas na prova de 1500 metros livres. Todos os dias nadava 4 mil metros antes das aulas começarem e voltava à tarde para nadar mais 6 mil metros. Em pouco tempo, começou a andar de bicicleta para praticar – um circuito de 32 quilómetros.
Aos 13 anos, entrou numa competição chamada IronKids. Era um Triatlo Júnior, que combinava natação, ciclismo e corrida. Ganhou com facilidade. Quando tinha 15 anos, começou a correr com adultos. Ficou em 32ª lugar na sua primeira corrida. Depois da prova, disse a um jornalista: “ Penso que daqui a uns anos vou estar perto do topo e, em 10 anos, vou ser o melhor.” Armstrong, que sempre foi visto como inadaptado, foi gozado pelos colegas, que riram e acharam que estava a ser ridículo. No ano seguinte, quando acabou em quinto na mesma corrida, pararam de rir. Quando tinha 16 anos, ganhava 20 mil dólares por ano ao vencer em triatlos e corridas de 10 Quilómetros por todo o país. Também ganhou o gosto por corridas de bicicletas. Era tão bom que rapidamente passou para a categoria mais competitiva e começou a treinar com os melhores corredores locais.
Com o tempo, Armstrong começou a concentrar-se unicamente no ciclismo. Teve sucesso nos estados Unidos, mas queria competir na Europa, onde estão os melhores corredores. A sua primeira corrida profissional, a clássica de San Sebastian, foi memorável. Estava um dia particularmente frio e com chuva. Ele terminou em último, 27 minutos depois do vencedor – uma chegada terrível. A multidão espanhola que ladeava a estrada fazia pouco dele. Relembrou a sua humilhação:
“ Umas horas depois, sentei-me no aeroporto de Madrid, afundado na cadeira. Queria desistir de todo o desporto. Era a corrida mais séria da minha vida; no caminho para San Sebastian, cheguei a pensar que tinha hipóteses de ganhar, e agora questionava se conseguia competir de todo. Tinham-se rido de mim… tirei do bolso, uma série de bilhetes de avião ainda por utilizar. Entre eles, tinha um bilhete de regresso aos Estados Unidos. Pensei em usá-lo. Se calhar é melhor ir para casa, pensei, e encontra outra coisa para fazer, uma coisa em que fosse bom.”
O que o levou a continuar foi a sua capacidade interior, uma forte natureza competitiva, e uma atitude incrivelmente positiva. As palavras da mãe estavam constantemente no seu pensamento: “Torna um obstáculo uma oportunidade. Faz do negativo positivo. Se não podes dar cem por cento, não vais conseguir. Nunca desistas!”





Uma curva apertada na estrada
Em 1996, com 25 anos, Armstrong era o melhor ciclista do mundo. Parecia que finalmente tinha conseguido. Tinha uma vida boa. Estava no auge da forma. Ganhava corridas contra os melhores da Europa. Nesse momento começou a sentir uma dor intensa na virilha e tossir sangue. Quando foi ao médico descobriu que tinha cancro nos testículos. Mas as notícias continuaram a piorar. O cancro tinha-se espalhado, tinha atingido os pulmões e o prognóstico era reservado. Apesar de tudo, manteve uma atitude positiva e o seu espírito de luta, então encontraram cancro no cérebro.
“Encontrei um muro”, diz Armstrong. “Por muito que quisesse ser positivo e não ter medo, tudo o que sabia era que quem tem um tumor no cérebro não sobrevive.”
Armstrong submeteu-se a uma cirurgia ao cérebro e a uma operação para remover o testículo canceroso. Depois, começou a processo doloroso da quimioterapia. Os médicos disseram a Armstrong que tinha 50 por cento de hipóteses de sobreviver. Depois de terminar o tratamento e de a recuperação parecer segura, um médico admitiu que o seu caso era o pior que já tinha visto, e dava a Armstrong apenas 3 por cento de probabilidades de viver.
Apesar de tudo, Armstrong geriu a sua atitude de forma a manter-se positivo. Acredita que a “esperança é o único antídoto para o medo.”Quando questionado se os rigores do tratamento ao cancro o tinham deprimido, Armstrong disse que não, explicando que “pensei que ficar deprimido seria prejudicial… Tenho de admitir que foi uma época muito positiva na minha vida.”



Um regresso positivo
Sobreviver a um cancro com uma atitude positiva intacta é uma verdadeira façanha. Mas Armstrong queria algo mais. Queria voltar a competir. Teve alguns momentos difíceis quando voltou a correr. Numa determinada altura chegou a desistir no meio de uma corrida – algo que nunca tinha feito antes. “Na área de partida, sentei-me num carro tentando manter-me quente e pensei em quanto não queria estar ali”, diz Armstrong. “Quando se começa a pensar assim, as coisas não podem melhorar. Quando saí para o frio, a minha atitude piorou.” Mas ele recuperou daquele revés. E continuou, não para ganhar uma mas cinco voltas a França consecutivas! Armstrong sabe o valor da atitude positiva. Ele comentou:
“ Sem fé, não teríamos nada além de um destino diário muito pesado. Ele iria vencê-lo a si. Eu não via claramente, até ter cancro, como lutamos todos os dias contra os aspectos negativos do mundo, como lutamos diariamente contra o cinismo. Desânimo e desapontamento, esses são os verdadeiros perigos da vida, não uma doença súbita ou o cataclismo do milénio.”
Depois de ganhar a primeira volta a França em 1999, Armstrong falou aos jornalistas e pediu-lhes para transmitirem um conselho aos leitores: “Só queria dizer uma coisa. Se alguma vez você tiver uma segunda oportunidade na vida para alguma coisa, tem de ir até ao fim.”

1 comentário:

igor disse...

Uma história incrível,vou me certificar que irei aprender alguma coisa.